Região - Gestão ambiental busca preservar a natureza na Rodovia do Parque

Quinta, 29 de Dezembro de 2011

Projeto de construção da BR 448 inclui transplante de árvores e proteção para animais

Gestão ambiental busca preservar a natureza na Rodovia do Parque
Crédito: Pedro Revillion

O projeto de construção da BR 448, conhecida como Rodovia do Parque, que abrange os municípios de Porto Alegre, Canoas, Esteio e Sapucaia do Sul e deve ser concluída no final de 2012, envolve uma série de cuidados ambientais. Isso porque a estrada vai passar por áreas de banhados, lavouras de arroz e pela Área de Proteção Ambiental (APA) do Parque Delta do Jacuí.
No Dia Mundial da Biodiversidade, comemorado nesta quinta-feira, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) apresentou o trabalho de gestão ambiental desenvolvido paralelamente às obras na rodovia. A fauna, a flora e os recursos hídricos representam alguns dos cuidados no que se refere à preservação do meio ambiente. “Entre os trabalhos realizados está o transplante de árvores para dar passagem à BR 448”, destacou a engenheira florestal Silvia Aurélio, da STE Engenharia. Segundo ela, mensalmente a equipe realiza o monitoramento desse procedimento.
“Dessa vez, a nossa satisfação foi ainda maior, pois além de verificarmos que as árvores estão se desenvolvendo bem após o procedimento de transplante, descobrimos que um joão-de-barro escolheu uma delas para fazer seu ninho. Isso só ratifica a importância da realização de transplantes como alternativa a supressão de árvores quando necessário”, afirmou Silvia. Das mais de 100 árvores transplantadas, 82% apresentam boa adaptação.
O biólogo Augusto Leipnitz, também da STE Engenharia, salientou que em todos os lotes do projeto há previsão do controle do número de animais. “Outra preocupação é com o trânsito intenso de caminhões. Procuramos, por exemplo, minimizar os impactos para animais com dificuldade de locomoção, como os cágados que vivem nos banhados. Felizmente, até agora registramos a necessidade de levar apenas um bicho ferido para atendimento veterinário”, disse.
Foram três anos de caracterização ambiental e diagnóstico da região para concluir o estudo ambiental. Além da fauna e flora, estão previstas ações para minimizar os impactos ao meio ambiente em relação aos recursos hídricos, à poluição do ar, ao solo, aos vestígios arqueológicos, aos trabalhadores e à população que reside no entorno do traçado da rodovia.

Fonte: Veridiana Vecchia / Correio do Povo

Posted by timoteosouza on 12:55. Filed under Noticias, Noticias Esteio, Noticias Geral, Noticias Sapucaia . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. Feel free to leave a response