São Leopoldo – Cidade recicla apenas 40% do seu lixo seco coletado
Município poderia reciclar até 80% se a população separasse melhor os detritos.
Das 48 mil toneladas de lixo recolhidas na cidade em 2011, 14,4 mil toneladas eram recicláveis. Dessas, apenas 5,76 mil toneladas foram realmente recicladas, o que representa 40% do lixo seco reciclável, sendo que a meta é chegar a 80%, mas para isso é necessário o apoio da população. Segundo o coordenador operacional da Coleta Seletiva, Alessandro Alves, em 2011 foram recolhidas 45 mil toneladas na coleta domiciliar e 3 mil toneladas na coleta seletiva, sendo que desse total 60% é de lixo orgânico (28,8 mil toneladas), 30% de lixo seco (14,4 mil toneladas) e 10% de materiais não identificados (4,8 mil toneladas).
“Do lixo seco que chegou até nós, 22% foi reciclado pelas cooperativas e 18% pela Cooperresíduos, ou seja, apenas 40% do lixo seco retornou para a população’’, relata. Alves salienta que isso ocorre devido a população não separar o lixo seco do orgânico. “Se a população separar melhor, poderemos subir esse número pelo menos para 80%’’, ressalta.
É possível dobrar o número
Segundo o presidente da Cooperativa de Catadores e Recicladores de São Leopoldo (Uniciclar), Pedro Cezar Dutra dos Santos, “se a população se conscientizar e não colocar tanto lixo orgânico para a coleta seletiva é possível dobrar a quantidade de resíduos reciclados por mês, o que significa mais matéria prima retornando para a população, mais renda para os recicladores de São Leopoldo, além de uma cidade mais limpa e um mundo mais saudável”.
Segundo dados da Secretaria de Limpeza (Selimp) a Prefeitura deixou de gastar R$ 267.750,00 só em 2011 com a reciclagem e gerou aproximadamente 500 empregos diretos e 700 indiretos. Para a recicladora Lidiane Gomes de Castro, 30 anos, a vida mudou após o início das cooperativas. “Antes éramos catadoras, agora somos recicladoras e temos um papel social.’’
Sete tipos de recolhimento
Atualmente o Município possui sete tipos de coletas: a coleta domiciliar, seletiva, de óleo de fritura (que ocorre junto com a seletiva e na qual a população deve colocar o óleo em um frasco e entregar para o caminhão, que depois repassa para a entidade conveniada fazer sabão e detergente), a de animais mortos em via pública (que ocorre por demanda e chamada, sendo necessário avisar a Selimp pelo número 3568-1780 para que faça o recolhimento), a de resíduos não identificados (que são entregues nos entrepostos), a de resíduos especiais como lâmpadas, pilhas, baterias, geradores e medicamentos vencidos e a coleta especial para resíduos de difícil acesso, como lixo em arroios, viadutos e canteiros centrais.
Unidade de triagem
O caminhão do resíduo domiciliar passa três vezes por semana em cada bairro e no Centro e Fião de segunda-feira a sábado, levando os resíduos para a Unidade de Triagem de Resíduos, junto ao Aterro Sanitário Municipal, onde a Cooperresíduos faz a triagem dos materiais recicláveis e encaminha o rejeito para o aterro sanitário.
Segundo a Selimp, a responsabilidade da Cooperresíduos é fazer a triagem, prensar e comercializar o material que vem da coleta domiciliar, diminuindo o material que vai para o aterro e dividindo os valores arrecadados entre os associados, o que beneficia 120 famílias.
Fonte :Jornal VS
22/01/12