Professores estaduais discutirão sobre greve nesta sexta - 16/11/2011
Assembléia geral decidirá, a partir das 13h30, em Porto Alegre, se ensino paralisa em nome das reivindicações da categoria.
A maioria dos núcleos do CPERS/Sindicato aprovou, em assembleias regionais realizadas até o último dia 11, indicativo de greve para o final do ano letivo. A categoria exige a imediata implementação do piso salarial para professores e funcionários de escolas.
A categoria irá discutir sobre a greve na próxima sexta-feira, em assembleia geral marcada para as 13h30, no Gigantinho, em Porto Alegre. As primeiras assembleias regionais a deliberarem pela greve foram realizadas em Santo Ângelo, Santa Rosa, Soledade, Porto Alegre (39º Núcleo), Rio Grande e Frederico Westphalen.
Na quinta-feira passada, a greve foi aprovada nas assembleias regionais de Caxias do Sul, São Leopoldo, São Borja, Bagé, Santa Cruz do Sul, Guaíba, Canoas, Carazinhho, Palmeira das Missões, São Gabriel e Camaquã.
No dia seguinte, o indicativo de greve foi aprovado nas assembleias regionais de Passo Fundo, Gravataí, Santana do Livramento, Montenegro, Três Passos, Três de Maio e Porto Alegre (38º Núcleo).
Pelotas, Alegrete e Taquara votaram pela greve no início do ano letivo de 2012. Hoje serão realizadas assembleias regionais em Santa Maria, Cruz Alta, Uruguaiana, Santiago, Ijuí e São Luiz Gonzaga.
O que diz a 2ª Coordenadoria Regional de Educação
A chefe de gabinete da 2ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Marileia Sell - que é responsável por 38 municípios do Vale dos Sinos, incluindo São Leopoldo e Novo Hamburgo -, acredita que o Magistério deveria reconhecer a disposição do governo ao diálogo.``O governo recém assumiu e está se empenhando em resolver defasagens históricas, como, por exemplo, o pagamento de atrasados, o fomento a promoções e a realização de concursos'', disse.
Para Marileia, a ocorrência de uma greve no momento atual acarretaria um prejuízo muito grande aos estudantes, visto que as aulas teriam de ser recuperadas férias adentro.
O professor Edson Luiz Portilho, coordenador da 27ª CRE - que rege municípios como Canoas, Esteio e Sapucaia do Sul -, ressaltou que o governo já manifestou que tem vontade política de implementar o piso nacional durante os próximos anos, o que, segundo ele, hoje só não acontece por razões financeiras. Portilho destacou que a luta do Magistério é legítima e, portanto, será respeitada. ``Só cobraremos dos professores depois os 200 dias letivos, pois trata-se de um direito do aluno'', apontou.
Como fica a situação no Vale dos Sinos
De acordo com a diretoria de uma das maiores instituições de ensino de São Leopoldo, o Instituto Estadual de Educação Pedro Schneider, a tendência é mesmo de greve.``Os professores de nossa escola que participaram da assembleia regional estão favoráveis à paralisação. Esta greve é a forma que temos de reivindicar por nosso salário completo'', apontou a vice-diretora, Lucimar Pedroso.
Fonte: Jornal VS